Não há como negar, a transformação estética é o grande desejo da maioria dos pacientes que desejam realizar uma rinoplastia. Essas mudanças apresentam grande diversidade mas podemos exemplificar as principais: a giba no dorso nasal, ponta larga e/ou que cai muito quando sorri.
A giba é corrigida através da mudança do formato dessa região com a retirada do seu segmento ósseo e cartilaginoso. A região óssea pode ser raspada com instrumentos que lembram uma lima de marcenaria, mas hoje prefiro realizar a osteoplastia com brocas que cortam e brocas diamantadas para a lapidação. A cartilagem é mais fácil de ser retirada pois pode ser cortada e não tem a chance de gerar um calo ósseo cicatricial.
A mudança do formato da ponta nasal se refere principalmente ao formato das cartilagens laterais inferiores. Essas duas cartilagens têm formatos côncavos ou convexos e a sua junção pode resultar em uma ponta mais arredondada. Antigamente, estas eram retiradas a fim de deixar a ponta mais fina, todavia, esta técnica não é mais utilizada devido resultados estéticos e funcionais ruins no médio e longo prazo. Hoje, remodelamos estas através de suturas (pontos) as quais modificam sua forma.
Como queremos que a ponta remodelada se mantenha lá tanto no longo prazo, quanto durante o sorriso, a estruturamos. Essa estrutura faz o seu formato se manter quando a musculatura da face se movimenta, em especial nas peles espessas. A pele mais pesada precisa de estrutura mais forte a fim de que o seu formato apareça. Podemos ter uma cartilagem de formato bonito mas se ela for "puxada para baixo" durante o sorriso essa ponta irá alargar. Toda essa estruturação é feita com cartilagem do próprio paciente a fim de não termos rejeição.
O nariz, como componente central da face, mesmo após a cirurgia, pode parecer diferente dependendo do lado que o paciente vê. Não somente pelo nariz em si, mas pela sua relação com as outras estruturas da face. Por isso devemos nos atentar a todos esses fatores ao realizarmos a rinoplastia.
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